quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

ASHCROFT, Bill et alli, The empire Writes Back: Theory and practice in post-colonial literatures

O livro The empire Writes Back: Theory and practice in post-colonial literatures (Ashcroft et alli, 1991) considera a produção escrita de autores de países colonizados pelo Império Britânico.

O objetivo principal do livro é identificar a variedade e a natureza dos textos pós-coloniais, além de descrever as diversas teorias que explicam tais obras.
No primeiro capítulo, Ashcroft considera o desenvolvimento dos modelos descritivos que tratam da escrita pós-colonial e como cada um articula a cultura linguistica. O autor elenca os quatro principais modelos críticos que operam simultaneamente na prática crítica e na discussão pós-colonial: o modelo nacional ou regional, o baseado em raça, o modelo comparativo e o modelo descritivo crítico.

O modelo nacional ou regional enfatiza aspectos distintos das culturas em relação à influência entre o local e a literatura, a literatura e a nacionalidade e acerca da conveniência das formas literárias. Esses aspectos são pontos de diferenciação entre as culturas nacionais pós-coloniais e à antiga metrópole ao estabelecer a diferença de formas e assuntos de interesse. Nessa perspectiva, as características específicas de cada literatura seriam consideradas essenciais para a constituição da identidade nacional em relação a diferença cultural. Segundo Ashcroft, uma limitação deste modelo é que embora a ênfase tenha sido transferida da metrópole para a ex-colônia, as hipóteses teóricas e a perspectiva crítica, bem como juízos de valor, freqüentemente, refletem posições da tradição crítica Inglesa.

O modelo seguinte é baseado na identificação racial e em aspectos compartilhados pelas várias literaturas nacionais em que ocorreu a diáspora negra africana. Esse modelo trata da raça por considera-lá o principal aspecto da discriminação econômica e política. Além da diáspora Africana acredita-se que tal modelo poderia auxiliar na compreensão de outras formas de domínio de minorias. Ashcroft questiona o modelo racional devido a concepção dos “críticos da negritude” de que a escrita negra teria qualidades distintivas, a partir da identidade e da cultura negra. Esses críticos, sem perceber, adotam estereótipos que refletem os preconceitos Europeus. Já críticos negros contemporâneos continuariam a afirmar a distinção da escrita negra, mas como assunto para análise, como aspectos discursivos e estruturais.

Quando questionam os modelos regionais forçam os escritores e críticos de países de colonização branca a considerarem sua atitude frente a raça e sua posição ambígua como colonizados e como colonizadores (dominadores de negros).

ASHCROFT, Bill, GRIFFITHS, Gareth and TIFFIN, Helen. Cutting the ground: Critical models of post-colonial literatures. In: The empire Writes Back: Theory and practice in post-colonial literatures. Terence Hawkes (ed.). p.15-39; London/ New York : Routledge, 1991.

Caso deseje continuar a leitura deste resumo e saber mais sobre os outros modelos críticos, bem cmo ler um resumo sobre a introdução ou algum outro dos cinco capitulos faça um comentário, diga se gostou ou não. Porquê?

Nenhum comentário: